Atendimento preferencial para autistas entra em vigor em Taió

Mais Imagens



A lei municipal que inclui autistas e acompanhantes no atendimento preferencial em estabelecimentos públicos e privados em Taió foi apresentada hoje. O prefeito Almir Reni Guski apresentou o texto sancionado a vereadores, pais de crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA), representantes da Saúde e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).

O projeto que se tornou lei foi sugerido pelo presidente da Câmara de Vereadores, Tiago Maestri. “Conversando com pais de autistas a gente vê o quanto essa lei pode fazer o bem, promover a socialização tanto de quem tem o transtorno, quanto dos familiares. Com projetos assim a gente também chama a atenção da sociedade para o tema”, declarou.

A fonoaudióloga Cinthia Cristina Eble Keske, acredita que com a lei, as famílias que têm um integrante diagnosticado com o transtorno estarão mais presentes nos estabelecimentos comerciais e bancários. “A gente percebe que muitos pais deixam de ir às compras, porque não tem com quem deixar os filhos autistas, que costumam se irritar com ambientes diferentes, com essa lei acredito que esse cenário vai mudar”, explica.

Para dar mais visibilidade ao projeto de lei, a CDL mandou confeccionar adesivos para serem distribuídos em estabelecimentos de Taió, o material foi apresentado hoje pelo presidente da entidade, Douglas Fernandes. “A lei é uma garantia ao comerciante, que vai poder conceder o atendimento preferencial para os autistas e acompanhantes. As pessoas que têm esse transtorno necessitam de uma atenção especial, então abraçamos essa causa”, falou.

Durante a apresentação do material e da lei, pais de crianças com autismo agradeceram a sanção do projeto. Davio Franke conta que já teve problemas para ter atendimento preferencial, ao estar acompanhado do filho de quatro anos. “Uma vez em Blumenau já tive que explicar no caixa de um supermercado que era uma criança de colo e com autismo, depois de 20 minutos no mercado ele já começa a se irritar com o barulho”, disse.

Julia Marina de Souza tem um filho de seis anos que também é diagnosticado com o transtorno, ela também já passou por situação constrangedora. “Uma vez fui ao comércio e ele não reagiu bem, começou a chorar, as pessoas em volta não entenderam, o discriminaram como uma criança mal-educada”, revelou.

Ao apresentar a lei o prefeito Almir Reni Guski reforçou que é preciso também ampliar a divulgação sobre o tema, para que a sociedade se interesse e tome conhecimento. “Taió precisa se inserir, muitas cidades estão fazendo isso, adotando essa lei, é preciso também conscientizar as pessoas”, concluiu.

Logo após a reunião, o presidente da Câmara e o presidente da CDL, iniciaram a ação de distribuição dos adesivos, as agências bancárias do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, a Casa Lotérica e um supermercado foram os primeiros estabelecimentos a receberem o adesivo. O material também estará disponível na CDL de Taió.