Crise no leite entra na pauta da Câmara de Taió

A Câmara de Vereadores de Taió aprovou duas Moções de Apoio a projetos de lei, que tratam de limitação, regras e até proibição da importação de leite em pó, para ser reconstituído como leite líquido. A crise no setor tem preocupado e desanimado produtores de leite na região.

As duas moções foram propostas pelo vereador Marcelo Gramkow (MDB) e contaram com o voto favorável e a assinatura de todos os vereadores taioenses. A primeira Moção de Apoio é para o projeto de lei federal nº 4.309/2023, de autoria da deputada federal Daniela Reinehr (PL), que trata sobre a reidratação e comercialização do leite, que é reconstituído como leite líquido. A proposta quer dar mais transparência, qualidade e fiscalização, de modo a assegurar que o produto reidratado atenda aos padrões sanitários e nutricionais exigidos.

O vereador autor das moções, lamentou que na Câmara Federal um projeto tão importante esteja parado há pelo menos dois anos. Ele destacou que alguns estados já tomaram providência própria e que Santa Catarina deve seguir o mesmo caminho. “O Paraná já proíbe a importação do leite em pó, então se o Governo Federal não tomar providência, penso que é coerente pelo menos o Governo Estadual tomar essa providência”, declarou Gramkow.

A segunda Moção de Apoio é destinada ao projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Oscar Gütz (PL) que busca proibir no território catarinense, a importação de leite em pó reidratado, para comercialização como se fosse leite líquido in natura, para consumo humano. “Muitos produtores têm a produção de leite como sustento, é o mercado, a farmácia do mês, porque é o dinheiro mensal que cai e a safra é uma vez por ano”, concluiu o vereador.

Câmara já manifestou apoio aos produtores

Em outubro, os vereadores Marcos Krueger (PL), Tardeli Vendramim (PL), Eder Ceola (PSDB) e Gilson Valentini (PSDB) apresentaram Moção de Apoio aos produtores de leite de Taió e da região, pela crise enfrentada no setor. O documento também foi aprovado e assinado por todos os vereadores que compõem o legislativo municipal. A importação do produto é apontada como um dos principais agravantes.