A engenheira da prefeitura de Taió, Irinéia Baldessar atendeu ao ofício convocatório dos vereadores para esclarecer dúvidas a respeito da situação de ruas que passam por serviços da Casan após serem pavimentadas. Nesta segunda-feira (08) ela participou da sessão e respondeu a questionamentos dos vereadores.
Durante a conversa com os vereadores foi esclarecida a forma como são contratadas as obras de pavimentação e a comunicação junto a Casan. De acordo com os esclarecimentos, geralmente a licitação é feita com pacote total, onde a empresa vencedora faz toda a parte de drenagem, pavimentação, passeio e sinalização, nesse caso a Prefeitura tem o papel de fiscalizar a obra e verificar a parte técnica de cumprimento do que foi projetado e se os materiais utilizados respeitam as normas exigidas.
No pacote de obras do Finisa o procedimento foi diferente, o Município optou por adquirir o material e realizar as obras. “A gente percebeu que com a Prefeitura trabalhando diretamente na obra, maquinário, pedidos de material saindo da Prefeitura, nós teríamos uma redução ainda maior, de 30% no valor da obra. A gente fez por administração direta, então o Município compra a pedra, a base, a capa asfáltica, o tubo e o nosso pessoal executa”, esclareceu.
A engenheira explicou ainda que a consulta de viabilidade com a Casan é feita quando se aprova o projeto na Caixa Econômica Federal, antes mesmo do processo licitatório, para ver se a companhia irá fazer a substituição de rede ou redimensionamento. A antecipação da comunicação é realizada para que se tenha previsão orçamentária. “Nós oficiamos a Casan a relação de ruas que iríamos executar para fazer a aprovação dos projetos de viabilidade financeira com a Casan e eles já sabiam que eles poderiam pedir o material para poder fazer as redes novas à medida que a gente fosse fazendo as pavimentações”, acrescentou.
No caso da Avenida Pioneiro Wacholz que apresenta alguns trechos com 14 metros de largura e outros com 15 metros de largura, no trecho de lajota a pavimentação foi realizada em nove metros de largura, com a rede sendo transferida para os passeios. Já no trecho de asfalto a pavimentação foi de sete metros de largura, o que permitiu três metros e meio de margem para cada lado para redimensionamento ou substituição de rede. “O que aconteceu foi uma coisa quase imprevisível, mesmo eles estando cientes há quatro meses que a obra já estava concluída, eles já sabiam antes, já tinham capeado a rede e deixaram sem capear justamente onde arrebentou, onde deixaram a rede velha embaixo, foi justamente onde deu o vazamento”, afirmou.
Ao encerrar a participação Irinéia também antecipou que em breve os vereadores receberão a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico e pediu aos vereadores que analisem todos os detalhes, já que o plano é um contrato que vai delimitar pontos importantes para os próximos 20 ou 30 anos. Ela também lembrou que com o Novo Marco Legal do Saneamento, a Casan terá que realizar as obras de implantação de rede de tratamento de esgoto. “A Casan tem até 2033 para executar a rede de esgoto, isso significa quebrar todas as vias pavimentadas agora”, finalizou.