O funcionamento e o fechamento da UTI Covid no Hospital e Maternidade Dona Lisette foi debatido durante a sessão da Câmara de Vereadores de Taió, realizada nesta terça-feira (01). O superintendente hospitalar da Associação Redeh de Beneficiência Cristã, Fernando Nascimento usou a tribuna da Câmara, em atendimento ao requerimento aprovado pelo Legislativo, para esclarecer sobre a abertura, convênio com o Estado e o encerramento das operações e consequente fechamento da UTI.
O Estado de Santa Catarina abriu no dia 05 de julho de 2021 um convênio no valor de R$ 1.413.120,00 para compra de equipamentos para montar uma UTI Covid com 10 leitos. O valor foi utilizado para aquisição de 40 bombas de infusão, osmose reversa, equipamento de hemodiálise, 10 camas específicas para uti, 10 monitores e 10 ventiladores pulmonares. Após a adequação do espaço e treinamento da equipe terceirizada, que foi contratada para trabalhar especificamente no setor, a UTI Covid foi inaugurada no dia 1º de setembro de 2021.
Com toda a estrutura montada a promessa era de um repasse conforme tabela única, no valor de R$ 1.600,00 por dia, para cada leito em funcionamento, o que representaria R$ 480.000,00 por mês. “Esse valor de custeio é a remuneração pelos leitos independentemente de estarem ocupados ou não, independente do gasto”, esclareceu o superintendente.
A operação encerrou no dia 31 de janeiro, segundo Nascimento, a medida faz parte de uma decisão do Estado, que avalia o cenário. “As UTIs Covid foram abertas sem previsão de fechamento e o fechamento se deu conforme discussões estaduais. Foram abertos mais de 1300 leitos no estado, hoje deve ter 500 ou 600, porque gradativamente a necessidade diminuiu”, explicou.
O hospital recebeu apenas a primeira parcela, relativo à operação do mês de setembro e aguarda do Estado o pagamento de outras quatro parcelas, relativas a outubro, novembro, dezembro e janeiro. “Como não foram habilitados pelo Ministério da Saúde, o custeio é pelo Estado por meio do pedido de reembolso administrativo, já está correndo o processo na secretaria, a primeira parcela e única recebida até agora entrou na conta do hospital no dia 23 de dezembro de 2021, enquanto isso o hospital teve que bancar todos os custos”, declarou.
Ao ser questionado pelo presidente da Câmara, William Henrique Noriller, o superintendente confirmou que em virtude do atraso do reembolso do Estado, a unidade hospitalar teve que arcar com os custos no período e devido ao caixa limitado houve atrasos na folha de pagamento dos funcionários. De acordo com Nascimento, atualmente apenas profissionais médicos estariam com os salários atrasados. “100% dos funcionários não médicos estão com os salários pagos e da equipe médica a gente tem o pagamento parcial até novembro, falta dezembro e janeiro e assim que a gente receber a próxima parcela de reembolso vai ser quitado”, afirmou Nascimento.
A expectativa da diretoria do Hospital e Maternidade Dona Lisette é receber o reembolso do Estado em 15 ou 30 dias.