O médico Michel Ellwanger Moreira participou da sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Taió realizada nesta terça-feira (28). Ele utilizou a tribuna em atendimento ao requerimento feito pelo vereador Flávio Molinari para esclarecer questionamentos feitos pelo vereador Eder Ceola, a respeito do registro ponto e da carga horária do profissional.
Moreira que foi concursado como médico plantonista, cumpre 96 horas mensais em ambulatório desde que o Município terceirizou o Pronto Atendimento, carga horária essa que é cumprida no período da manhã. Lotado da sede da Secretaria ele também realiza 32 horas extras por mês, as quais é remunerado, porém explicou que tem feito muito mais horas adicionais, mesmo ciente de que não pode receber por isso. “Decidi fazer o atendimento do horário em período integral à tarde. Comecei a fazer um expediente que gerava 50 a 60 horas a mais do que poderia receber”, explicou.
Sobre a falta do registro de ponto nos intervalos de almoço, o médico explicou que desde que começou a fazer atendimentos nos postos e no Centro Covid, passou para o regime flexível de registro ponto. A medida foi adotada para evitar intercorrências, uma vez que precisava se deslocar quatro vezes ao dia até a Secretaria de Saúde para registrar o ponto. “O tempo computado é sempre maior do que eu posso receber. Não reclamei e nem vou reclamar esse tempo, inclusive já foi emitido parecer jurídico e eu estou de acordo. Quem doa horas de serviço para o Município sou eu e não ao contrário”, esclareceu.
O médico também é o responsável pelas declarações de óbito, função pela qual recebe gratificação de 20%. O serviço é realizado nos casos de falecimento de cidadãos em casa, por causas naturais. “Eu me dispus a fazer, fico a disposição para a qualquer momento ir até o local e faço a declaração de óbito, é um serviço permanente, sábado, domingo, de madrugada, faço a verificação da causa da morte e concedo a declaração”, concluiu.