O coordenador regional da unidade do SAMU em Taió, Orli Junior participou da sessão da Câmara de Vereadores de Taió. Ao utilizar a tribuna livre ele destacou a atuação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, a forma de atendimento pela central de médicos reguladores, média de atendimentos, além de frisar que os municípios vizinhos não têm cumprido com o acordo firmado em 2006 de cooperação para a manutenção da unidade.
A média de atendimentos tem crescido gradativamente há dois anos, desde que a unidade foi transferida para usar o espaço compartilhado do Quartel do Corpo de Bombeiros Militar em Taió. Em 2019 foram 574 atendimentos, em 2020 o número de atendimentos subiu para 647, neste ano já foram 406 atendimentos até o fim de junho. Em 42% dos casos os pacientes são medicados e liberados em casa, em 36% eles são conduzidos ao Pronto Atendimento e nos 22% restantes os pacientes são liberados no local, por não se tratar de caso de urgência.
A unidade do SAMU de Taió foi instalada em 2006 e é responsável por atender sete municípios, além da sede, os atendimentos são prestados em Salete, Rio do Campo, Santa Terezinha, Pouso Redondo, Mirim Doce e Braço do Trombudo.
O coordenador regional destacou que os demais municípios não têm cumprido com o acordo firmado na instalação do SAMU. “Hoje Taió banca sozinho os outros municípios, ninguém mais ajuda e lá em 2006 quando foi fechado esse acordo com os sete municípios, foi acordado que seria repassado o valor de R$ 0,34 por habitante”, destacou Junior.
Atualmente o Governo Federal repassa via Ministério da Saúde R$ 13.600,00 por mês para a manutenção da unidade do SAMU em Taió, o restante é bancado pelo Município sede, inclusive toda a medicação utilizada nos atendimentos.
O coordenador reconhece a dificuldade dos demais municípios na colaboração, mas sugere que contribuam ao menos com a medicação utilizada nos atendimentos realizados nos respectivos municípios. “Quando você atende um paciente com parada cardiorrespiratória você usa entre 10 e 15 ampolas de adrenalina, o custo chega tranquilamente a R$ 500 com pessoal, deslocamento e combustível. Nada mais justo que o Município devolvesse o que foi utilizado pelo seu paciente”, indicou.
As informações prestadas repercutiram na sessão. O vereador Aroldo Peicher Junior ‘Peixinho’ lembrou das tentativas anteriores de participação dos demais municípios. “O ex-prefeito Ademar Dalfovo tentou cobrar em 2009 dos municípios vizinhos e não teve êxito. A gente vê a dificuldade do Executivo municipal de estar acionando os outros municípios”, disse.
O vereador Eder Ceola, que foi autor do convite ao SAMU para uso da tribuna livre, lamentou a situação. “Eu vejo muitos gestores deixando o SAMU de lado, isso é muito triste”, falou.
O vereador Joel Sandro Macoppi destacou que a Administração de Taió deve fazer novas tentativas de acordo para auxiliar no custeio da estrutura. “Está mais que na hora de chamar os demais prefeitos e fazer cumprir aquilo que foi acordado em 2006 e exigir dos Municípios”, finalizou.