A gripe aviária foi tema de discussão e elucidação de dúvidas durante a 31ª sessão ordinária de 2023 da Câmara de Vereadores de Taió. O secretário municipal de Agricultura, Edson Krueger, e a médica veterinária da Cidasc, Patrícia Martinhago Vieira usaram a tribuna para falar da situação da doença e das medidas de prevenção.
A médica veterinária explicou que a situação em Santa Catarina, atualmente está controlada. “Todos os focos que tivemos no Estado, os principais foram em aves aquáticas, tivemos somente um foco de ave de subsistência em Maracajá, no sul do estado, que foi rapidamente eliminado pelas equipes da Cidasc e do Icasa”, informou.
Os sintomas, segundo a médica veterinária, são de fácil identificação nas aves, como perda de apetite, torcicolo, coriza, conjuntivite, edemas de face, crista e barbela arroxeadas. A doença também costuma atacar rapidamente as aves, com morte súbita que acomete 70% do plantel em 72 horas. Por isso é preciso ficar atento aos cuidados necessários. “Não deixar pessoas estranhas entrar nas granjas, em caso de ave morta, usar luvas para recolher, chamar a equipe da Cidasc para fazer necropsia, se for viajar não trazer produtos de origem animal de fora”, explicou.
De acordo com os dados apresentados pela Cidasc durante a sessão, Taió possui 15 granjas de pato, nove granjas de matrizes (ovos férteis), quatro granjas de ovos comerciais e cinco granjas de frango de corte. “A nossa preocupação maior é com as granjas de subsistência, porque as aves são criadas livres. Em julho tivemos duas notificações de mortalidade em aves de subsistência no Município e os casos foram descartados. A probabilidade no Município é mínima, mas não é impossível”, declarou Patrícia.
Autor do requerimento que solicitou informações sobre a gripe aviária, o vereador Joel Sandro Macoppi comentou sobre a preocupação inicial. “Quando surgiu esse assunto era quase um pânico, para alguns produtores do nosso município. Depois do susto a coisa se acalmou, mas é importante manter esse cuidado, até porque isso impacta em um grande volume econômico no nosso município”, disse o vereador.
No mês passado, o Governo de Santa Catarina decretou estado de emergência zoossanitária, a medida tem validade de 180 dias.