Tribuna livre recebe chefe da Casan

 A conclusão de uma obra em Ribeirão Pinheiro, que beneficia 45 famílias, desde o Morro da Palha até o final da rede, e um projeto de 11 ruas que pretende ampliar em 14.364 metros a rede de água potável, foram exemplos dos últimos investimentos da Casan em Taió. Os dados fizeram parte de um balanço apresentado pela chefe da agência local, Fabiana Aparecida da Silva Moratelli, na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira, dia 15.

Em forma de esclarecimento, a representante da companhia de água e esgoto que atende 195 municípios em Santa Catarina, falou aos vereadores sobre a qualidade da água, que esteve sobre suspeita após repercussão dos testes de qualidade realizados a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Segundo Fabiana, o pesticida encontrado nas análises não é responsável pelos casos de câncer em Taió, conforme dados da Organização Mundial da Saúde, Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, Comissão Européia e Agência Americana de Proteção Ambiental.

Se a incidência de câncer é maior em pessoas acima de 60 anos, muitos deles vindos do interior do município, podemos, sim atribuir aos agrotóxicos, mas não à água que eles estão consumindo. A segurança da nossa água é acompanhada de hora em hora. São feitas análises e todas atendem os parâmetros de qualidade”, afirmou.

 

Números do câncer

Pelo levantamento junto à secretaria de Saúde do município, há diagnosticados 197 taioenses com câncer atendidos pelas Unidades de Saúde. A chefe da agência da Casan destacou que entre aqueles que estão com mais de 60 anos há três vezes mais casos no comparativo com os pacientes com idade entre 50 e 59 anos: 115 casos contra 37, respectivamente.

Taió possui mais pessoas com câncer entre moradores do Palmital e Centro, 71, seguindo para o bairro Seminário (40) e Barra do Lobo (34). O Ribeirão Pinheiro, com 9 ocorrências, é o bairro de menor incidência de câncer, seguido pela Vila Mariana, com 22 pacientes atendidos.

 

Prejuízo de 90 mil por mês

Com dados de 2018, a chefe agência da Casan revelou que a companhia tem um prejuízo médio de R$ 94 mil mensais, que é o resultado de um faturamento médio de R$ 317 mil e despesa de R$ 412 mil. Entre os custos apresentados estão o tratamento de água, a distribuição e o gasto com o corpo técnico, que inclui 11 pessoas em Taió além da assistência técnica de engenheiros, eletricistas, advogados, entre outros, que atuam em nível regional.

A apresentação da Tribuna Livre foi acompanhada por parte dos funcionários da Casan e transmitida ao vivo pela Internet no canal da Câmara de Vereadores no Youtube. ( confira no link: https://www.youtube.com/user/cvtaio ).