Os vereadores do município de Taió tem se mostrado favoráveis a mobilização que tomou conta do país, iniciada pela greve da classe dos caminhoneiros. Durante a sessão legislativa, desta segunda-feira (28/05), os legisladores que usaram a tribuna livre, reforçaram em discurso o apoio aos motoristas.
O vereador Klaus Dieter Diel (MDB) observou que a situação em que o país chegou é o reflexo de gestões que vem se arrastando há anos na democracia brasileira. “Esse governo medíocre, em que se nós falarmos de sigla começa de muito tempo, mas eu estou falando de governo de Michel Temer, de governo da Dilma, de governo do Lula, isso vem se arrastando tem muito tempo e é agora que as bombas estão estourando”, discursou.
Klaus também lembrou que o país precisa reconhecer mais as pessoas que fazem coisas realmente de valor pelo país e que é preciso rever quem são os nossos ídolos. “Não existe prova maior do que sete dias os caminhoneiros em reivindicar um país melhor, sou favorável ao que está acontecendo através desses trabalhadores, só quando eles param é que a gente vê a sua importância”, falou ele se referindo aos caminhoneiros.
O presidente da Câmara, Tiago Maestri (PSD), analisou que a população aderiu ao movimento iniciado pelos caminhoneiros por um Brasil melhor, mais justo e com menos impostos. “Ações estão acontecendo em várias regiões e aqui no Alto Vale também em praticamente todos os municípios. Cada um está fazendo a sua parte, de maneira ordeira, cívica e sem violência, movimentos assim devem ser apoiados e respeitados”, declarou.
Maestri lembrou que o Legislativo municipal também manifestou apoio à causa, ao manter as bandeiras hasteadas a meio mastro. “Isso é para mostrar que nós vereadores também nos sensibilizamos com a causa, sou favorável aos caminhoneiros e a todos que de alguma maneira estão mostrando o seu amor pelo Brasil e lutando por um país melhor”, acrescentou.
O vereador Jair Alberto das Neves ‘Jinho’ (Progressistas) falou que a Petrobras sendo brasileira, só repassa o ônus para a população, o bônus fica somente para a empresa. “A Petrobras essa empresa que é estatal, que é brasileira, fica com o lucro e quando dá prejuízo somos nós que temos que pagar. Os caminhoneiros estão 100% corretos, o meu apoio eles têm, precisa ser feita essa greve”, falou.
O vereador progressista reforçou ainda que é preciso que o Governo Federal entre em um acordo que facilite não só a vida dos caminhoneiros mais de todos, e que a diminuição no preço do litro de combustível não atinja somente o óleo diesel. “Eu arrisco dizer que o país não tem mais solução sem uma intervenção militar, infelizmente chegamos a um ponto que não tem mais alternativa a não ser isso, tomara que consigam resolver essa situação, acredito que vai ser muito difícil, mas precisamos lutar, ter força”, considerou.
O vereador Joel Sandro Macoppi (Progressistas) disse que inicialmente a greve parecia ser um assunto que só interessava aos caminhoneiros, mas depois ganhou o apoio de demais classes. “A greve dos caminhoneiros com o passar dos dias, passou a ser também de agricultores e de demais pessoas que acabam se sentindo prejudicados com o desgoverno que hoje está estabelecido no país”, falou.
Macoppi considerou que não foram sós os aumentos frequentes de impostos sobre os combustíveis que resultaram na greve. “Encontramos um país com estradas totalmente danificadas, da mesma forma a criminalidade aumentando, tem estados brasileiros como São Paulo, Rio de Janeiro e assim tantos outros que se a gente falar que tem uma carga para ir para um estado desse, o caminhoneiro quer ir, a não ser que tenha um seguro muito bom para o veículo dele”, destacou.
O vereador Valdecir João da Cruz ‘Capilé’ (PR) que também é motorista lembrou a difícil rotina dos profissionais que utilizam as rodovias estaduais e federais todos os dias. “Só quem viaja de madrugada dirigindo caminhão ou, o próprio carro da saúde é quem sabe a dificuldade, o sofrimento que é virar noites e noites viajando nessas estradas esburacadas, mal sinalizadas”, afirmou.
Capilé também lembrou que os motoristas, sejam de caminhão ou de outras áreas se doam e muitas vezes deixam os familiares para buscar recursos para dar melhor qualidade de vida, tanto para a família, quanto para a população através do trabalho exaustivo. “Agora não virou mais só um movimento dos caminhoneiros, virou um movimento popular, o povo aderiu, estava acompanhando nas redes sociais que o sindicato dos petroleiros entrou em greve também, então não tenho dúvida que o presidente Temer vai cair”, disse.
O vereador Aroldo Peicher Junior ‘Peixinho’ (MDB) manifestou a indignação do aumento no preço da gasolina mesmo durante os protestos que pedem pela redução de valores e de impostos e criticou a política de mercado da Petrobras. “Em plena semana de mobilização a própria gasolina teve aumento, é um absurdo. Como a Petrobras exporta o combustível a um valor tão baixo e aqui no mercado interno esse absurdo, além da carga tributária ser monstruosa?” questionou.
Por fim, Peixinho declarou apoio total aos caminhoneiros que têm representado o Brasil na luta por menos impostos. “Eu apoio em gênero, número e grau, eu vejo que essa categoria está representando não só a classe deles, mas o nosso país inteiro que não está contente com o que está acontecendo em Brasília”, concluiu.